sábado, 11 de abril de 2009

VIOLA D' AMORE (1990)



119.
MEU AMOR
tua loura magreza não me toca
que afagarei teus pelos
com o beijo primordial

Seguro a mão que tu seguras
daquele que me encontro fonte
fantasma lavado e céu.
Ó meu amor que se mistura
à carnadura do estro
às cores coxas do sensível

Ó meu portátil amor
que se oferece
na aparente umidescência
da paragem suburbana.




120.
NÃO TENDO CHEGADO AS FLORES
De primavera, gozo o prazer
de dar-te a prévia rosa
queiramos ou não que desabroche
na mão da tua lâmina terna
e sem dizer o que devemos
ponho os olhos nos limites da estrada.
Quem assim te afague, ó meu amor
que ainda te amo como agora
folha da tua árvore querendo
ver-te como estrela
o mais de sobretodas as senhoras
olham de perto o incerto par.
Sejamos lógicos com estas grinaldas
de primavera que inventei sem peso
me apaixonei sem me aproximar.


5 comentários:

Anónimo disse...

um livro de uma sensibilidade suprema.
beijos,

mariah

ROGEL DE SOUZA SAMUEL disse...

obrigado, amiga, sao os louros de uma leitora como você que transmudam esses poemas em "sensibilidade", são seus louros..

Anónimo disse...

A minha querida professora Neusa deu para a representante da turma,sotear 120 Poemas.eU TIVE O PRIVILÉGIO DE SER SORTEADA e conhecer este autor.Obrigada,pois seua poemas me inspiram e me motiva a gostar mais e mais de poesia.Um grande abraço.

ROGEL DE SOUZA SAMUEL disse...

obrigado pelos comentarios

ROGEL DE SOUZA SAMUEL disse...

minhas faço aquelas flores
de Sophia, e para você
as ponho, como versos
são de se ler, de se ter
de agradecer, pois você
meu amigo, é o amigo
que faz valer o canto
que persigo.

(para Jeffersin Bessa)

Fundo de página : Canan Oner